Quando é poeira
Os olhos quase nunca se abrem
A boca range, seca e trava
O peito segue indiferente
Quando é água
Os olhos abrem, fecham, tudo é água
A boca bebe, lambe, lava
O peito molha e segue adiante
Quando é nuvem
Os olhos olham e tentam ver além
A boca nada sente, o nada é vento
O peito abre e segue como antes
Quando é raiva
Os olhos, água, nuvem e poeira
A boca, lava , cospe e trava seca
O peito bate, pula, inflama e lança
Quando é amor
Os olhos brilham, molham, lançam luz
A boca beija, chama, pede e seduz
O peito perde o passo, é a sua cruz.
Os olhos quase nunca se abrem
A boca range, seca e trava
O peito segue indiferente
Quando é água
Os olhos abrem, fecham, tudo é água
A boca bebe, lambe, lava
O peito molha e segue adiante
Quando é nuvem
Os olhos olham e tentam ver além
A boca nada sente, o nada é vento
O peito abre e segue como antes
Quando é raiva
Os olhos, água, nuvem e poeira
A boca, lava , cospe e trava seca
O peito bate, pula, inflama e lança
Quando é amor
Os olhos brilham, molham, lançam luz
A boca beija, chama, pede e seduz
O peito perde o passo, é a sua cruz.
3 comentários:
Cada coisa no seu tempo né Pepe ?? Se a gente lembrar da Oração ao Tempo do Caetano, temos: "...compositor de destinos, tambor de todos os ritmos, tempo, tempo, tempo, entro num acordo contigo..." a gente se propõe a fazer o tal acordo! menos sofrível.
Lembrei agora do tempo das flores!! as sempre-vivas levam vantagem nessa seara... Abraços, Ana Cau
Fiquei com os olhos marejados aqui.
Senti falta das suas brincadeiras no site, mandacaru velho.
Quando é poesia, É poesia.
Postar um comentário